segunda-feira, 20 de junho de 2016

A AUTO-ANÁLISE E SUA IMPORTANTE CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO PSICANALÍTICO


A Auto-Análise nos remete ao processo de Investigação de si mesmo por si mesmo, conduzida de fora mais ou menos sistemática e que utiliza procedimentos do próprio método psicanalítico que consiste nas associações livres, análise dos próprios sonhos e interpretações de comportamentos e emoções.



Na realidade, Sigmund Freud (1856 - 1939), nunca consagrou qualquer texto que explicasse diretamente o termo Auto-Análise, no entanto faz alusão a ela por várias vezes, principalmente nos momentos em que ele se refere às suas próprias experiências de vida.

O fundador da Teoria Psicanalítica considera esse método como base:

Sigmund Freud




“Quando me perguntam como pode alguém tornar-se psicanalista, repondo: pelo estudo dos próprios sonhos.”






É fundamental a compreensão de si mesmo para que assim, possamos compreender o outro. Através da análise do próprio eu, do conhecimento das próprias incapacidades, limitações, paixões e sofrimentos psíquicos, é possível, pela própria experiência, alimentar a capacidade de ajudar o outro.
Segundo Rubem Alves, para haver compaixão, é preciso saber estar triste. Pois ter compaixão Consiste em sentir a tristeza do outro. Excelente apontamento reflexivo, afinal, como poderemos nos compadecer com o sofrimento psíquico do próximo, se não sabermos lidar com as nossas próprias angústias?
            O processo de Auto-Análise é fundamental para o autoconhecimento. Para conhecer a si mesmo é preciso mergulhar e se dedicar de maneira profundo em seu próprio Universo.


Mergulhar significa ir bem fundo, ir além daquilo que se é palpável, visível e concreto.
O ato de mergulhar para muitos é sinônimo de medo, insegurança, receio e dúvidas, enquanto que para outros, representa uma nova chance de recomeçar.
Mergulhar é redescobrir-se em si mesmo. Este é o processo em que denominamos "Reconhecimento do Eu".


Processo doloroso, intenso, e até mesmo desgastante, por outro lado, torna-se prazeroso o ato de descobrir-se gradativamente através das estradas, dos vales e montanhas que existem perpetuamente nas estâncias da mente humana.





Mergulhar é reconhecer em si mesmo o poder do inatingível e da profundidade pela qual devemos buscar constantemente, e assim, descobrir que a cada dia a vida nos proporciona novas possibilidades e novos horizontes que se encontram ocultos por conta da barreira que separa o visível e o invisível.

(Evandro Rodrigo Tropéia)


Referências Bibliográficas:

LAPLANCHE, J. e PONTALIS, J.B. Vocabulário de psicanálise; trad. P. Tamen. 5.ed. Lisboa: Moraes editores, 1970.

Alves, Rubem, 1993- Paisagens da Alma / Rubem Alves – 1 ed. – São Paulo: Planeta, 2013.






Nenhum comentário:

Postar um comentário