sábado, 19 de abril de 2014

Resistência...



“Aquilo a que você resiste, persiste.” 
(Carl Gustav Jung).

Aquele que insiste em semear o ódio, regando as mágoas e cultivando-as sempre no coração, persistirá sempre em uma amarga e solitária colheita em que o único fruto que será capaz de produzir é o da destruição.


(Evandro Rodrigo)

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Refletindo sobre o Tempo

O Tempo.
O que vem a ser o tempo?
O tempo passa, o tempo voa
O tempo cura, o tempo dói.
O tempo chora e sorri, desgasta e corrói.
O tempo destrói o que o próprio tempo constrói.
Contemplo o tempo num tempo onde não tenho tempo.
Será que o meu tempo é o teu tempo?
E teu tempo é o meu tempo?
Nosso tempo é Deus?
Tempo é momento?
É passado, presente e futuro?
Não sei definir o tempo.
Só sei que é tempo de dar tempo ao meu tempo
E fazer do meu tempo um impulso para

um novo tempo.

(Evandro Rodrigo, Refletindo sobre o tempo...)



terça-feira, 1 de abril de 2014

Luto e Melancolia

LUTO

O Processo do Luto caracteriza-se no período posterior a perda de algo ou alguém de predominante importância, no qual o sujeito está intimamente e emocionalmente ligado.
Nesse período, o sujeito se recolhe temporariamente em direção ao próprio eu (ego) no sentido de buscar a cicatrização da ferida que a presente dor lhe proporcionou.
Esse processo deve ser conduzido com naturalidade, pois faz parte do curso vital.
O luto é um período de recolhimento, reflexão e principalmente acolhimento. Quando a perda que ocorreu no mundo externo foi acolhida pelo mundo interno, o sujeito inicia seu processo de expansão retornando ao mundo externo após esse período de recolhimento.
O sujeito admite a perda daquilo que amava e deve ter consciência plena dessa perda, e então devido ao sucesso e a maturidade atingida nesse período, ele se volta novamente para o mundo externo de maneira segura e saudável.
O Processo do Luto é um período gradativo, ou seja, deve ser trabalhado e refletido aos poucos, sem bruscas interrupções. Este período deve ser vivenciado de forma intensa e encarado com profundo respeito.


MELANCOLIA

No estado da Melancolia o processo ocorre inicialmente de maneira semelhante ao luto, porém com diferenças cruciais e decisivas.
Na melancolia, também deve ter ocorrido a perda, o sujeito também se recolhe no mundo interno, no entanto, o ego se torna enfraquecido, ocasionando o sentimento de que lhe fora arrancado um pedaço considerável.
O melancólico apresenta seu ego como algo completamente enfraquecido.

No luto, é o mundo que se torna pobre e vazio; na melancolia, é o próprio ego. (FREUD, 1917)

Sigmund Freud (1856-1939)













Na melancolia, o sujeito se coloca em um estado semelhante a morte, juntamente com o objeto perdido.

Quando o sujeito se depara com a perda, o ego carrega em si próprio o peso dessa falta, ele não consegue reconhecer a perda e diante dessa incapacidade, torna-se difícil a cicatrização da ferida e o sujeito se encontra submergido a uma prisão melancólica.
                                                 
Um desanimo profundamente penoso, a cessação da capacidade de amar, a inibição de toda e qualquer atividade e uma diminuição de sentimentos de auto estima, a ponto de encontrar expressão em auto envilecimento, culminando numa tentativa delirante de punição (FREUD, 1917)