segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

ETAPAS DA TRANSFORMAÇÃO NA ABORDAGEM JUNGUIANA



A Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung (1875-1961) é composta por muitos conceitos que complementam a alma humana, tais como os Arquétipos e os Símbolos. Jung também desenvolveu tópicos fundamentais que vão muito além da psicanálise freudiana: Os complexos, Inconsciente Pessoal e Coletivo, Sincronicidade, Persona e outros.
Segundo o Psiquiatra suíço Carl Gustav Jung (1875 -1961), a Psicoterapia é um campo da terapêutica que consiste no maravilhoso encontro de Sistemas Psíquicos, onde um sistema psíquico interage com outro sistema psíquico.
O contato com o paciente é muito importante. Para Cunha (2000), a expressão contato, se origina da raiz “contactum”, que significa exercitar o tato. Dessa forma, é importante ressaltar que o Processo Psicodiagnóstico nos remete ao ato de tatear pelos meios da angústia, da desconfiança e do sofrimento que o paciente carrega através dessa busca pela ajuda. Tatear é lidar com as mais variadas resistências ao processo, sentimentos e situações desconhecidas.
Segundo Carl Gustav Jung (1875-1961), a marcação de uma consulta é a formalização de um processo já iniciado, precedido de uma angústia intensa e ambivalência. Nesta etapa, o paciente já admite a existência de um grau elevado de perturbação e de intensa dificuldade de elaboração que justificam a necessidade de buscar um auxílio terapêutico.




O Psiquiatra suiço Carl Gustav Jung estabeleceu para a sua prática psicoterápica quatro etapas de fndamental importância:
·         Confissão;
·         Esclarecimento;
·         Processo de Educação;
·         Transformação.







Na primeira etapa da confissão, o paciente tem o seu espaço respeitado para a revelação de sua angústia e de tudo aquilo que está lhe causando desconforto e sofrimento dentro de si mesmo. Neste processo, cabe ao Psicoterapeuta realizar um bom acolhimento, exercer a escuta e expressar a empatia pelo humano que ali se encontra.
A etapa do esclarecimento consiste no momento em que o paciente passa pela percepção e pelo reconhecimento de seu sofrimento interno. Através do entendimento de suas angústias, o paciente percebe a sua força real, criando novas possibilidades de lidar com suas questões emocionais.
O processo de educação nos remete a etapa em que o paciente já começa a partir para a ação. Nesta etapa do tratamento, o indivíduo entra em confronto com todos os fatores que originaram o sofrimento atual. Durante esta fase no tratamento, o Consciente do paciente se prepara para assumir uma nova postura perante os sofrimentos.
Na etapa da Transformação, o Ego muda de atitude em relação ao Inconsciente. Trata-se do ponto crucial do confronto, mas para que ele aconteça é preciso que todas as outras etapas sejam realizadas, afinal, uma etapa depende da outra. É um ciclo, uma jornada dolorosa, porém transformadora.
A Psicologia Analítica carrega em si a arte de ajudar o paciente a elaborar os seus conflitos e caminhar para a sua individuação.



 Não é um processo fácil, pois é muito doloroso e exige de nós a quebra de muitos paradigmas, muitas verdades que se julgavam clássicas na vida vão perdendo a força e a influencia que exercia sobre nós. Exige dedicação, motivação e vontade de aprender a lidar com esse universo complexo existente dentro da nossa própria psique.

Evandro Rodrigo Tropéia / Instituto Freedom
Psicoterapeuta

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

CUNHA, Jurema Alcides – Psicodiagnóstico V – 2000

HANS DIECKMAN, Berlim (Revista de Psicologia Analítica – Vol III, nº 1 – Março 1972) – trad. Denise Mathias e João Bezinelli

http://psicoterapiajunguiana.com.br/default.asp