sábado, 23 de dezembro de 2017

ESTRESSE : REALIDADE DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA NA CONCEPÇÃO DA PSICOLOGIA ANALÍTICA DE CARL GUSTAV JUNG



No presente artigo, quero compartilhar com o caro leitor um dos grandes males do mundo moderno que tem se transformado numa crescente cada vez mais presente no cotidiano da humanidade: O estresse.
A origem da palavra “Estresse” vem do inglês “stress” e nos remete a uma pressão que leva à deformação ou até mesmo a destruição de um sistema qualquer.
O estresse se desenvolve a partir de estímulos que são classificados em estímulos absolutos e estímulos relativos. Os estímulos absolutos nos remetem aos ruídos, a falta de oxigênio, o esgotamento físico e a relação do ser com o ambiente.
Os estímulos relativos consistem nos problemas e dificuldades que enfrentamos no cotidiano.
Podemos afirmar com toda a segurança que o estresse se trata de uma adaptação do organismo para lidar com as angústias que se apresentam. Esse processo de adaptação consiste na capacidade que cada um pode desenvolver durante a jornada da vida.
Para a psicologia analítica de Carl Gustav Jung, a Jornada do Herói retrata o nosso posicionamento diante das adversidades que ocasionam o estresse. Somos o herói de nossa própria história.
O enfrentamento é individual, a capacidade de encarar é um impulso interior, isto é, trata-se de uma força que parte de dentro para a fora.
Não podemos ao longo da dolorosa jornada confundir o cansaço com o estresse. Ao longo da caminhada o cansaço é natural. Estar cansado não é ao todo tão ruim assim. O cansaço nos obriga a parar um pouco, refletir e revigorar as forças para recomeçar e prosseguir. Estar cansado não significa estar estressado.


O confronto com o inconsciente e o reconhecimento da própria sombra é um pocesso árduo e muitas vezes, cansativo. No entanto, é extremamente necessário na busca pelo equilíbrio e pela tão sonhada paz interior.
O ser humano carrega em si três tendências naturais. Essas tendências nos acompanham o tempo todo ao longo da jornada:
1.      Lutar
2.      Fugir
3.      Acomodar-se
Nossa vida diante das adversidades se movimenta a partir da canalização de energias e da valorização que dedicamos a determinadas ocorrências. Neste momento, para qual das três tendências você tem canalizado as suas energias?
A Canalização de Energias consiste na carga de valor que direcionamos a determinadas situações ou pessoas. Se esta for má direcionada, claramente será uma intensa fonte de desequilíbrio.
Diante das dificuldades, sempre teremos as três possibilidades. Podemos enfrentar as situações através da luta, podemos fugir ou podemos nos acomodar.
A acomodação pode ser considerada a mais perigosa das tendências, pois ela nos estaciona no meio da jornada. Estar acomodado é ficar parado num mundo onde tudo é movimento. É o típico do caso, onde você para e a vida continua.
O autoconhecimento e a busca pelo equilíbio são peças fundamentais no combate ao estresse. Uma auto-imagem negativa pode desencadear o estresse profundo e também pode levar o indivíduo a problemas físicos, mentais e emocionais graves.


Fatos comprovam que muitas pessoas que são vitriosas na vida revelam que foram estimuladas por grandes desafios, no entanto, souberam superar e administrar as situações estressantes através da prática do equilíbrio e do processo psicoterapêutico.
Não é um processo fácil, pois é muito doloroso e exige de nós a quebra de muitos paradigmas, muitas verdades que se julgavam clássicas na vida vão perdendo a força e a influencia que exercia sobre nós. Exige dedicação, motivação e vontade de aprender a lidar com esse universo complexo existente dentro da nossa própria psique.


Autor: Evandro Rodrigo Tropéia / Instituto Freedom

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

FORMAÇÃO DE COMPLEXOS: COMO LIDAR?


O Psiquiatra Carl Gustav Jung (1875-1961) nos apresenta uma teoria muito precisa e bem elaborada no que diz repeito à formação de Complexos.
Podemos perceber em nós mesmos e também nas pessoas com as quais conhecemos e convivemos, a existência de inúmeros complexos, como por exemplo: os Complexos de Inferioridade e Superioridade, Complexo de Culpa, Complexo Paterno e Materno, além do Complexo Divino.
Os Complexos são formados a partir dos Arquétipos, presentes no Inconsciente Coletivo. O Arquétipo, na verdade, é o centro de todo complexo e funciona como uma espécie de imã que atrai as experiências significativas de nossas vidas. Dessas experiências que carregam em si mesmas grandes significados, surgem os complexos.


Um grande exemplo de desenvolvimento de um complexo é o Complexo Divino, que se desenvolve a partir do Arquétipo de Deus em conjunto com as experiências religiosas e espirituais da vida de uma pessoa.
Lembrando que, o Arquétipo pode ser aquilo que consideramos como modelo, forma de vida, exemplo a ser seguido.
O Arquétipo de Deus, assim como toda figura arquetípica, existe primeiramente no Inconsciente Coletivo. Este Arquétipo vai somando com outras experiências da pessoa com o mundo. A partir das Experiências espirituais, o Arquétipo relacionado a Deus forma o Complexo Divino.

O Complexo vai se tornando cada dia mais forte, por conta dos materiais acumulados, até que ele enfim, reúne força suficiente para chegar ao campo da Consciência (parte conhecida da mente).
Todo complexo, seja ele qual for, pode se tornar consciente, porém ele pode se desenvolver de duas maneiras:
1) Complexo como “parte”;
2) Complexo Dominante (Dominador).
O Complexo como “parte” refere-se aos complexos que existem na vida da pessoa, porém ocupam apenas uma parte diante de uma totalidade, enquanto que o Complexo Dominante controla totalmente a personalidade do individuo.

Quando o Complexo de Inferioridade, torna-se dominante, grande parte da experiências vivenciadas pela pessoa, fazem com que ela se comporte de maneira em que ela se encontra completamente governada pelo mesmo.
A pessoa sente-se inferior a tudo e a todos. Há neste sentido uma má-canalização energética que se transforma em algo prejudicial à qualidade de vida.
O Fortalecimento do Ego no processo terapêutico é de extrema importância para que o paciente busque e alcance o seu ponto de equilíbrio emocional, atingindo assim um elevado nível de Consciência, tornando possível uma boa administração de nossos complexos, afinal todos nós temos complexos e ninguém está livre disso.
Um Complexo bem equilibrado é saudável. Lembrando que todo desequilíbrio não gera apenas desconforto, mas pode gerar também altos níveis prejudiciais ou até mesmo levar a destruição.
Encontre seu caminho, busque sempre pelo equilíbrio.
Faça terapia!
Texto: Evandro Rodrigo Tropéia / Instituto Freedom
Referências Bibliográficas:
HALL, C.S; Nordby, V.J. Introdução à Psicologia Junguiana. Ed. Cultrix, SP, 2003.

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

ANIMA E ANIMUS: AS PROJEÇÕES ARQUETÍPICAS PARA O AMOR




“Todo homem leva dentro de si a imagem eterna da mulher, não a imagem desta ou daquela mulher em particular, mas sim uma imagem feminina bem definida, (...) sendo inconsciente, tal imagem, é sempre projetada na pessoa amada, e constitui um dos principais motivos da atração apaixonada ou aversão.”
(Carl Gustav Jung)

Para compreendermos as projeções arquetípicas, é necessária a compreensão dos Arquétipos. Eles pertencem a nossa personalidade, suas raízes se encontram no Inconsciente Coletivo. O Arquétipo consiste no elo entre o pessoal e o impessoal; consciente e inconsciente. 
Carl Gustav Jung (1875-1961) descreveu a sua idealização de Persona como sendo a “Face Externa”, isto é, ela pode ser observada pelo mundo. Com relação a “Face Interna”, Jung denominou “Anima” para os homens e “Animus” para as mulheres.




Segundo Jung, Anima é o Arquétipo que constitui o lado feminino da psique masculina; Animus é o Arquétipo que compõe o lado masculino da psique feminina. Através desse pensamento, podemos observar que toda pessoa possui qualidades que pertencem ao sexo oposto, tanto no sentido biológico, como também no sentido psicológico.
Jung nos aponta que a primeira projeção da Anima sempre é feita na mãe e a primeira projeção do Animus é feita no pai. Com o passar do tempo o indivíduo começa a projetar a Anima nas mulheres que lhe provocam sentimentos que podem ser positivos ou negativos. Isso também ocorre com as mulheres no caso da projeção da Anima.






Segundo Carl Gustav Jung, quando um homem apresenta uma “atração apaixonada” por uma mulher, esta sem dúvida alguma possuirá características da imagem-anima, que é projetada inconscientemente pelo homem. O mesmo acontece com a mulher e sua projeção do Animus.
É importante ressaltar que no caso da homossexualidade também há projeção da Anima e do Animus, pois estes Arquétipos nos remetem a ideia do eu e sua idealização para com o outro, não se limitando apenas às questões da heterossexualidade.
Os Arquétipos Anima e Animus representam os conteúdos de idealizações inconscientes, isto é, são modelos de perfeição que são considerados ideais para cada pessoa.


Conforme a Psicologia Analítica, esses Arquétipos também podem representar padrões emocionais, tais como os medos, ansiedades, rancores, angústias e ressentimentos.
Quanto ao desenvolvimento humano, na visão junguiana, observamos que o contato e o relacionamento do bebê com pai e mãe, servem como direcionamento na construção do padrão de anima e animus.
Assim, é fundamental salientar que devemos tomar consciência de nossas projeções e alcançar a realidade presente na outra pessoa. Não podemos ficar presos no ciclo de identificações com a Anima e o Animus, pois devemos nos conscientizar sobre todas as nossas idealizações.



Para Carl Gustav Jung, a conscientização de que todas as nossas expectativas em relação aos outros são apenas idealizações produzidas pelo inconsciente é essencial para que a análise no processo terapêutico tenha um bom desenvolvimento.





Seguindo esta linha de pensamento sugerida por Jung, podemos compreender que o processo de Integração da anima e animus alivia consideravelmente a pressão de tensões afetivas, depressões, estados de angústia e crises, além de abrir caminho para o relacionamento e proporcionar uma maior habilidade para acolher, compreender e amar o outro como ele realmente é.
Em um relacionamento amoroso é importante deixar que o outro participe da maneira dele.
Somos livres, no entanto, não possuímos as pessoas. Temos apenas amor por elas e nada mais.

(Evandro Rodrigo Tropéia)


EXPRESSÕES DO INCONSCIENTE NA PSICOLOGIA ANALÍTICA: MANDALA




A partir do pensamento psicanalítico proposto por Sigmund Freud (1856-1939), houve considerável mudança de vértice na psicologia, sociologia, antropologia. Esta mudança ocorreu através da construção de um modelo de aparelho psíquico que consiste numa espécie de mapa mental.
Este mapeamento da psique segundo a psicologia analítica Junguiana é formado por três importantes elementos:
•             Ego;                                
•             Inconsciente pessoal;
•             Inconsciente coletivo.
A definição do Inconsciente pessoal, segundo Carl Gustav Jung, se assemelha a ideia proposta por Freud. O Inconsciente é parte mais profunda da mente, trata-se do lugar do eu onde se sente mas não se sabe. A partir dos estudos de Sigmund Freud, entendemos que não temos controle desta área do psiquismo a não ser por repressão. Tudo aquilo que o ego (eu) não suporta migra para o inconsciente se tornando um conteúdo reprimido.
O Inconsciente é atemporal e não trabalha com a idéia de espaço. O inconsciente tem como objetivo principal a tarefa de equilibrar a Psique. Este trabalho do inconsciente consiste na Auto-regulação psíquica, que  se refere a tendência do inconsciente em manifestar conteúdos não vivenciados na consciência, de forma que o sujeito viva inconscientemente o que está reprimido, equilibrando e regulando a psiquê.


Existem diversas maneiras que o Inconsciente encontra para a sua manifestação. Neste artigo, quero compartihar com o caro leitor, uma das formas de manifestação do Inconsciente mais apaixonante, segundo Carl Gustav Jung, que são as Mandalas. 



Através de seus minuciosos estudos, Jung analisou que as mandalas consistiam nas mais variadas formas de elaboração dos conteúdos interiores do ser humano, e no seu estudo das manifestações do inconsciente, seus analisados produziam de forma espontânea desenhos de mandalas, sem saber o que ela é ou o que estavam fazendo, e ele dizia, que isso tende a acontecer com pessoas que possuem um progresso muito grande na sua individuação.



“O Self é com freqüência figurado em sonhos ou imagens de forma impessoal - como um círculo, mandala, cristal ou pedra - ou pessoal como um casal real, uma criança divina, ou na forma de outro símbolo de Divindade.”(Fadiman e Frager, 2002, p. 56 na ed. Harbra)

O termo Mandala nos remete a uma palavra Sanscrita para círculo de cura ou mundo inteiro. É uma representação do universo e de tudo o que nele contém. Os círculos sugerem totalidade, unidade do ser com o universo, o útero materno, completude e eternidade.


A Psicologia analítica de Carl Gustav Jung nos ensina que a mandala pode ser um instrumento terapêutico utilizado de diversas maneiras:
·         Desenvolvimento pessoal;
·         Desenvolvimento espiritual;
·         Promover cura;
·         Harmonização de pessoas e ambientes;
·          Dança;
·         Arte,
·         Arquitetura.


De acordo com o pensamento elaborado por Carl Gustav Jung , podemos afirmar  que a mandala serve para ativar, energizar, irradiar, concentrar, absorver, transformar, transmutar, curar e espiritualizar as pessoas que trabalham com elas, um ambiente que se quer fazer especial ou até mesmo para algo que se quer alcançar.


Encontre seu caminho, busque sempre pelo equilíbrio.
Faça terapia!

(Evandro Rodrigo Tropéia)

Referências Bibliográficas:
 HALL, C.S; Nordby, V.J. Introdução à Psicologia Junguiana. Ed. Cultrix, SP, 2003.


EXPRESSÕES DO INCONSCIENTE NA PSICOLOGIA ANALÍTICA: SONHOS



Para a Psicologia Analítica, os sonhos carregam em si funções fundamentais que nos auxiliam no Processo de Individuação. Os sonhos podem ser: Compensadores, Prospectivos, Orientadores, Pedagógicos e Libertadores.
Uma das funções importantes do sonho é a Compensação, ou seja, o sonho carrega em si uma importância autoreguladora para a psique.
Um sonho pode ser Prospectivo, isto é, ele tem uma característica profética, tendo o poder de nos direcionar e nos influenciar em importantes decisões.
O Sonho também assume a postura de Orientação do Ego, pois ele pode nos remeter a uma importante reflexão existencial.
A atividade onírica possui um caráter Pedagógico, com o intuito de ensinar e transmitir conhecimento.
O Sonho pode possibilitar ao Ego uma ação Libertadora com relação a pensamentos e eventos traumáticos.
Enfim, os Sonhos são ferramentas fundamentais para a Análise e nos auxilia de maneira considerável no autoconhecimento e no Processo de Individuação.



Na concepção Junguiana, o sonho é uma manifestação criativa da psique (mente inconsciente e consciente) e possui uma função transcendente. Os sonhos podem, de forma simbólica e numa linguagem própria, revelar contextos da personalidade que necessitam ser trabalhadas.




Carl Gustav Jung (1875-1961) não reduz os sonhos à satisfação de desejos reprimidos no inconsciente pessoal, a exemplo de Sigmund Freud. Ele vai muito mais além ao definir a temática dos sonhos, pois os define como mensageiros de complexos.
De acordo com o pensamento proposto por Jung, as informações arquetípicas presentes nos sonhos configuram uma forma definida a determinado conteúdo psíquico do inconsciente e na maioria das vezes, assumem imagens simbólicas.


Como expressão simbólica do sentido da vida, o sonho possui funções profundas e elevadas, tanto para o campo físico, quanto para o espiritual, para o corpo e para a psique. Os conteúdo dos sonho torna-se um poderoso aliado para a compreensão dessas interligações. Ele pode nos fornecer o caminho para a entendimento simbólico de sintomas psicossomáticos. O Sonho pode conter uma chave preciosa para nosso autoconhecimento e bem-estar.

"Dentro de cada um de nós há um outro que não conhecemos. Ele fala conosco por meio dos sonhos." (Carl Gustav Jung)

Através da observação e da análise dos mais variados sonhos de seus pacientes, Jung nos aponta que os sonhos são parte de uma imensa teia, tecida por inúmeros fatores psicológicos.
Com o desenvolvimento de seus estudos, Carl Gustav Jung, realizou uma importante descoberta de que os sonhos parecem obedecer a uma determinada configuração ou esquema.
O Conhecimento Analítico e Interpretativo dos Sonhos se transforma numa das ferramentas essenciais no Processo de Individuação e Crescimento Psíquico.
Por isso, é fundamental, criar o hábito de anotar tudo aquilo que sonhamos inclusive elementos que possam parecer insignificantes ou absurdos, pois para a Psique tudo é uma intensa realidade e isso é fundamental para o conhecimento de si mesmo.
É preciso elaborar uma reflexão sobre si mesmo e o sonho:
O que este sonho representa?
O que ele está querendo me dizer?
Por que determinada pessoa estava nele?
Esse local em que eu me encontrava e esses elementos, que mensagem eles querem me transmitir?

Pare, Observe e Reflita!


Encontre seu caminho, busque sempre pelo equilíbrio.
Faça terapia!

(Evandro Rodrigo Tropéia)


quinta-feira, 27 de julho de 2017

A IMAGEM DE DEUS (IMAGO DEI) SEGUNDO CARL GUSTAV JUNG

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O termo “Imagem de Deus” tem a sua origem nas concepções religiosas que nos afirmam que a Imago Dei está presente na alma humana.
Segundo o Psiquiatra suiço Carl Gustav Jung (1875-1961), através da psique podemos concluir que a divindade age em nós e exerce grande influência em nossas vidas; no entanto, em nossa limitação humana somos incapazes de definir se essas atuações são realmente divinas ou se partem do inconsciente.
Para Jung, a divindade e o Inconsciente consistem em duas grandezas diferenciadas e nos remetem a conceitos transcendentais.


De acordo com o pensamento proposto por Jung, a imagem de Deus não coincide propriamente com o inconsciente em sua totalidade, mas sim com um conteúdo particular do inconsciente que o denominamos como o Self (O Arquétipo do Si Mesmo). Assim, podemos considerar que a Imagem de Deus em nós trata-se de um reflexo de nós mesmos.
O conceito Imago Dei foi estudado e desenvolvido por Jung através de uma ampliação de pensamento analítico e também através das vivências pessoais que ocorreram desde sua tenra infância e as próprias experiências de vida.
Deus age em nós, está em nós!


A Psicologia Analítica Junguiana estuda profundamente o Sagrado que há em cada um de nós, sendo determinada personalidade religiosa (no sentido de seguir uma determinada denominação/instituição) ou não.
Segundo Ralph M. Lewis, todos nós carregamos o místico em nós. O Místico é aquele que aspira uma união pessoal ou uma unidade com o absoluto, que ele pode chamar de Deus, cósmico, mente universal ou ser supremo.
A Psicologia Analítica defende a ideia de que o Homem deve ser analisado como um todo. Essa totalidade presente em cada ser humano é dividida em quatro valorosas dimensões:
•          Dimensão Psíquica;
•          Dimensão Espiritual;
•          Dimensão Física;
•          Dimensão Social.

Carl Gustav Jung nos deixou um importante apontamento sobre esta complexa temática:

Carl Gustav Jung



"Não posso provar a você que Deus existe, mas meu trabalho provou empiricamente que o "padrão de Deus" existe em cada homem, e que esse padrão (pattern) é a maior energia transformadora de que a vida é capaz de dispor ao indivíduo. Encontre esse padrão em você mesmo e a vida será transformada." 
(C.G. Jung)








Segundo Carl Gustav Jung (1937), a religião constitui uma das expressões mais antigas e universais da alma humana, subentende-se que todo tipo de Psicologia que se ocupa da estrutura psicológica da personalidade deve pelo menos constatar que, a religião, além de ser um fenômeno histórico-social, é também assunto de extrema importância para grande número de pessoas.
A religiosidade exerce grande influência na dimensão psicológica, deixando de ser apenas um apanhado de regras, um conjunto de mandamentos e leis, mensagens de otimismo, esperanças e princípios eternos que ligam supostamente o ser humano a Deus ou a um ser superior, para ser um instrumento de grande valor para a formação do indivíduo enquanto ser “social”.
Segundo Jung (1937), o termo religião não nos remete a nenhuma denominação ou instituição de forma específica, mas sim o contexto da espiritualidade que é verdadeiramente expressa no contexto da religiosidade vivida pela pessoa em si.
As ações religiosas são inerentes a todo ser humano esteja ele adepto ou não a alguma crença, ou seja, a religião está por natureza inseparavelmente ligada ao ser humano.


Autor: Evandro Rodrigo Tropéia / Instituto Freedom

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

HALL C.S. e NORDBY V. J. Introdução à Psicologia Junguiana, São Paulo, Cultrix, 1980.
JUNG, C. G. Psicologia e Religião. Obras completas de C. G. Jung, v. 11/1. Vozes, Petrópolis, 1978.
JUNG , C.G., 2003, Estudos Alquímicos, Petrópolis: Vozes, 1990.
JUNG, C. G. O Homem e Seus Símbolos. Tradução de Maia Lúcia Pinho. Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 2008.


quinta-feira, 20 de julho de 2017

REFLEXÃO FILOSÓFICA CRISTÃ: O PODER DO PENSAMENTO POSITIVO



Autor: Evandro Rodrigo Tropéia

Quero iniciar este artigo, propondo ao caro leitor a seguinte reflexão:
Por que cada pessoa pode reagir de maneira diferenciada diante de uma mesma situação?
Certamente, por que cada ser humano sente uma determinada situação e processa determinada situação de forma subjetiva, isto é, cada um tem a sua maneira particular de reagir diante dos acontecimentos da vida.
Muitas pessoas manifestam sua gratidão a Deus pela chuva, enquanto outras murmuram por preferirem o dia ensolarado.
Como tem sido o seu olhar diante dos acontecimentos da vida?
Você tem murmurado ou agradecido?
Como você está direcionando seus pensamentos nos momentos em que a dificuldade bate em sua porta?
O ser humano precisa compreender que a sua mente pode ser a sua principal aliada, como também pode se transformar numa inimiga muito traiçoeira. Em muitos momentos, precisamos passar por uma espécie de reeducação mental. É preciso dar o passo e tomar uma atitude positiva.
A única maneira de mudar o estilo de vida é rejeitando os pensamentos negativos e substituindo por pensamentos positivos.


Quando agimos contra nossa maneira negativa de encarar a vida, automaticamente a transformação acontece. O pensamento saudável e otimista nos proporciona o bom humor, nos ajuda a manter um bom relacionamento com  outro, consideravelmente melhoramos o nosso rendimento no trabalho e nos estudos, cria barreiras que impedem a ansiedade, reduz a dor e o sofrimento físico e principalmente fortalece o sistema imunológico, prevenindo e auxiliando na recuperação de doenças.
A maneira de pensar positivamente deve ser uma constante em sua mente. Deve se estender a todos os aspectos de nossa vida cotiana.




Lembrando sempre que não existe receita para a felicidade, mas segue abaixo algumas importantes recomendações que podem nos auxiliar na transformação do estilo de vida:
·         Pensamento positivo sobre você mesmo: Reconheça suas qualidades e limitações. Você é um ser humano completo. Não olhe somente para os defeitos, olhe para suas qualidades.
·         Pense positivo em relação ao passado: Deixe o passado para trás! Relembre apenas as suas conquistas e olhe para as derrotas apenas como aprendizado.
·         Pensamento positivo para o futuro: Sua atitude de hoje afetará seu amanhã. Olhe para o futuro com otimismo e com boas perspectivas.
·         Pensamento positivo em relação ao ambiente e as pessoas: Olhe ao seu redor com espírito de tolerância. Cada ser humano tem uma forma diferente de agir e pensar. Temos que nos respeitar e proporcionar o bem estar do ambiente em que vivemos, através de nossas próprias atitudes.

Quando ocupamos a nossa mente com boas motivações pessoais e espirituais, encontramos no caminho sempre uma saída bem segura para alcançar a paz e  equilíbrio mental.
Nas Sagradas escrituras, Jesus, o Nosso Divino Mestre, nos ilumina com o seguinte ensinamento:
“O homem bom tira coisas boas do bom tesouro que está em seu coração, e o homem mal tira coisas más que está em seu coração, por que a sua boca fala do que o coração está cheio.” (Lucas 6, 45)


Veja a bondade que existe dentro de você!
Seja Luz primeiramente para si mesmo e posteriormente para o outro.
Olhe a beleza do positivo que há em seu interior e ao seu redor!

Siga em Frente e descubra a essência da vida.