terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Novidade Perplexa


Os seres humanos, de maneira geral, estão sempre expostos diante de várias situações cotidianas.
Uma dessas situações mais incômodas é o NOVO.
A novidade torna-se um fator assustador, principalmente se a mente do sujeito não estiver serenamente em harmonia e consolidada com o elo de ligação entre os mundos interno e externo.
Quando nos confrontamos com o "novo", este confronto automaticamente nos impulsiona a buscar também novos conhecimentos, essa busca por esse novo conhecimento denominamos "processo de adaptação".
Algumas pessoas oferecem fortes resistências em relação aquilo que é novo.
Toda novidade gera mudança ou um pequeno desvio de rota, originando assim a sensação de desconforto e isso para muitos torna-se algo insustentável.
Infelizmente, as pessoas mergulham no eterno conformismo: "Assim está bom demais, se melhorar estraga!"
É justamente por isso que a maioria das pessoas concluem que é melhor ser um ignorante feliz do que ficar perdendo tempo em busca de novos conhecimentos.


(Evandro Rodrigo)

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

O Desconhecido Fascinante


O desconhecido é algo fascinante. Torna-se peça fundamental no processo de auto-conhecimento.
Este é um processo doloroso.
O ser humano que ignora o conteúdo do misterioso passa pela vida sem ter experimentado praticamente nada, deixando assim de descobrir coisas maravilhosas e também desagradáveis (afinal, faz parte do processo, por isso torna-se doloroso)  pelas quais nossos olhos não podem ver, nossos ouvidos não podem ouvir e nossas mãos não podem tocar.

Está escrito em Hebreus 11,1: "A Fé é o fundamento da esperança, é uma certeza daquilo que não se vê."
Não estou mencionando esse texto apenas no sentido Teológico e Espiritual, mas também como uma regra, ou melhor, um modelo para a vida em relação ao processo de conhecer a si mesmo.
A fé é a certeza de algo misterioso, onde você é o próprio mistério.
Por isso, sempre ressalto ao importância de se tê-la, pois ela é o fundamento da Esperança e ao contrário do que muita gente pensa, esperar significa movimento.
É preciso ter fé em Deus, mas é imprescindível ter fé em si mesmo. Você é o ponto chave, o elo de ligação com o próprio eu desconhecido.
Se você não acreditar nas suas capacidades, e através do descobrimento do misterioso poder também descobrir suas fraquezas e limitações, como poderá viver em paz com a consciência e viver uma vida plena em todos os sentidos?
É preciso interessar-se por si mesmo. Se você não passar por isso, viverá a vida sempre na esperança e na dependência do "outro" de uma maneira doentia e não de uma maneira saudável.

Evandro Rodrigo

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Processo de Construção


O ser humano assemelha-se a construção de uma casa.
Primeiramente, faz-se necessário o território, onde as bases serão alicerçadas para que se possa dar início a obra.
O Território é o ambiente acolhedor, a base e o alicerce são as pessoas que unidas formam esse núcleo que chamamos de ambiente (família).
Infelizmente observamos que hoje, essa ideia de ambiente acolhedor vem aos poucos perdendo força e valorização mediante as imposições de uma modernidade social, que na realidade não passa de um modismo passageiro.
Afinal, as ideias mudam, os estilos e as modas também mudam com o passar do tempo, pois tudo está em constante movimento, por conta disso, tudo estará sempre em constante transformação.
Porém, há uma etapa da vida que por mais que o tempo passe, por maiores que sejam as transformações pelas quais a sociedade enfrenta e ainda enfrentará , o "Processo de Construção do Eu", será sempre o mesmo: sem uma base sólida, sem um bom alicerce e muito menos sem território (ambiente acolhedor) a construção ficará comprometida, e assim, passará a ficar sempre exposta e propensa a sofrer quedas extremamente bruscas, onde se tornará muito mais difícil recomeçar através do Processo de Reconstrução.

(Evandro Rodrigo)

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

O Mergulho em si mesmo


Mergulhar significa ir bem fundo, ir além daquilo que se é palpável, visível e concreto.
O ato de mergulhar para muitos é sinônimo de medo, insegurança, receio e dúvidas, enquanto que para outros, representa uma nova chance de recomeçar.
Mergulhar é redescobrir-se em si mesmo. Este é o processo em que denominamos "Reconhecimento do Eu".
Processo doloroso, intenso, e até mesmo desgastante, por outro lado, torna-se prazeroso o ato de descobrir-se gradativamente através das estradas, dos vales e montanhas que existem perpetuamente nas estâncias da mente humana.
Mergulhar é reconhecer em si mesmo o poder do inatingível e da profundidade pela qual devemos buscar constantemente, e assim, descobrir que a cada dia a vida nos proporciona novas possibilidades e novos horizontes que se encontram ocultos por conta da barreira que separa o visível e o invisível.