No presente artigo gostaria de propor uma
reflexão sobre um tema de muita relevância na Psicologia Analítica Junguiana.
O termo Daimon carrega as suas raízes da
tradição grega e define a maior fonte de inspiração e criatividade. A figura
que escolheu esse termo e o incluiu nas bases de sua psicoterapia foi Carl
Gustav Jung (1875-1961).
Em cada um de nós vive um “daimon”, e
segundo Carl Gustav Jung, ouvi-lo pode ser decisivo para as nossas vidas. Essa
voz se origina de nossa psique criativa e nos propõe mudanças e novos desafios.
O problema é que na maioria das vezes não temos a ousadia de ouvir essa voz.
É necessário termos um propósito. Estamos
sempre em busca de um sentido para a vida. Um ser humano sem propósito é como
um navio sem leme. Desta forma, uma maneira ideal de encontrar um curso em meio
a balança da vida consiste em despertar o nosso daimon, invocando-o das
profundezas do nosso ser para que nos favoreça e nos impulsione.
Se quisermos descobrir a nossa vocação,
somos obrigados a ouvir a voz do nosso daimon, pois cada um de nós possui um
demônio particular que nos aconselha, nos oferece idéias e perspectivas sobre
para onde devemos dirigir a nossa intenção.
O que é exatamente o Daimon?
Um daimon, na verdade, não é um demônio,
embora na tradução grega seja discorrido dessa forma. O daimon é uma entidade
que podemos conceber quase que como um gênio, como um ser divino.
Para despertar o daimon é necessário
percorrer a estrada do autoconhecimento.
O daimon deseja que você seja
disciplinado.
A Criatividade surge com a disciplina
diária.
A criatividade mais produtiva surge de uma
mente calma e de um coração harmonioso.
A harmonia nasce a partir do despertar. O
despertar implica em olhar para dentro de nós mesmos e nessa integração
descobrimos a essência de nossa Totalidade.
O verdadeiro significado da felicidade é
descoberto e vivenciado de forma plena quando vivemos em harmonia com o nosso
daimon.
Evandro Rodrigo Tropéia / Instituto
Freedom
CRP: 06/143949
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