Muitas vezes caminhamos perguntando à vida o que podemos receber dela: felicidade, amor, conquistas, paz. Mas, quando o silêncio se faz, surge uma questão que inverte a lógica e toca o mais íntimo do nosso ser: O que a vida espera de mim?
Talvez a vida não espere grandes feitos, mas autenticidade. Não espere que sejamos perfeitos, mas inteiros. Que não fujamos da dor, mas aprendamos com ela. Que não nos percamos na pressa, mas saibamos habitar o instante presente.
A vida espera de mim coragem para dizer sim ao chamado do meu coração, mesmo quando o medo grita não. Espera compaixão para com aqueles que encontro no caminho, e paciência com minhas próprias sombras. Espera que eu floresça onde fui plantado, sem invejar o jardim do vizinho, mas cuidando com amor da terra que me sustenta.
O que a vida espera de mim não é que eu a compreenda em sua totalidade, mas que eu a viva com profundidade. Que, ao final, possa olhar para trás e perceber que deixei rastros de bondade, de beleza e de verdade.
Talvez a vida não queira respostas prontas. Ela apenas espera que eu viva a pergunta — e, vivendo-a, descubra quem eu sou.
(Evandro Rodrigo Tropéia)

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