O Arquétipo Sombra consiste no lado obscuro da Psique, onde estão
contidos nossos instintos primitivos. É a origem de tudo aquilo que há de
melhor e pior na raça humana.
Nyx - A deusa da Noite |
Para que o sujeito seja inserido na comunidade, é necessário que ele
passe pelo processo de domesticação com relação aos ímpetos contidos na sombra.
Quando a pessoa consegue suprimir o aspecto animal de seu estado
natural, ela pode se tornar “civilizada”, mas esta repressão só pode ser
executada através das capacidades motivadoras da espontaneidade, da
criatividade, das emoções e das intuições.
Podemos afirmar que uma vida privada de sua sombra se transforma numa
vida sem brilho. Não há como fugir de sua sombra.
A Sombra é um Arquétipo de muito valor, pois ela detém a capacidade de
reter e afirmar idéias ou imagens que trazem vantagens para a vida do
indivíduo.
Equilíbrio entre forças |
A regência de uma vida saudável gira sempre em torno do equilíbrio. O Ego
e a Sombra devem trabalhar em perfeita harmonia. Quando o Ego e a Sombra se
harmonizam, a pessoa começa a se sentir cheia de vida e energia para prosseguir
em sua caminhada. Assim, o Ego deixa de obstruir a Sombra e passa a
canalizá-la. A Consciência se expande trazendo vitalidade à atividade mental.
É possível observarmos que as pessoas criativas são consideradas “esquisitas”.
Há certa verdade no relacionamento entre o gênio e a loucura.
O conteúdo da Sombra presente nas pessoas criativas de vez em quando
podem se sobressair ao Ego, fazendo com que essas pessoas pareçam num certo
momento, insanas.
A Noite Estrelada - Obra de Vincent Van Gogh - Esquizofrenia |
Quando o indivíduo traz em si um desequilíbrio, a sombra se aproveita
dessa fragilidade. Um grande exemplo que pode ser citado é de um alcoolista
compulsivo que com o tempo consegue vencer seu hábito e dominar o vício. A
partir do momento em que o mesmo se encontra “curado”, os motivos que
desencadearam o vício são forçados a recolher-se para o inconsciente,
aguardando uma oportunidade para se expressar. O sujeito então, ao se deparar
com uma situação traumática e conflituosa com a qual ele não pode lidar, a Sombra
se manifesta com extrema força, originando dessa forma aquilo que denominamos
recaída.
A Sombra é dotada de um intenso poder de resistência, pois ela nunca é
vencida. No entanto, essa persistência é eficaz, tanto para a promoção do mal
quanto para o bem.
Segundo o pensamento de Carl G. Jung
(1875 -1961), dentro de cada um de nós há um outro que não conhecemos.
Todos os seres humanos tem seu lado obscuro. Se tudo correr bem é melhor nem conhecer.
Nós precisamos entender melhor a natureza humana, porque o único perigo real é o próprio homem.
Todos os seres humanos tem seu lado obscuro. Se tudo correr bem é melhor nem conhecer.
Nós precisamos entender melhor a natureza humana, porque o único perigo real é o próprio homem.
A partir desse
pensamento quero propor aqui o raciocínio de que a vida é um ciclo
de energia onde eu mesmo sou o equilíbrio entre o medo e a coragem, a pergunta
e a resposta, a alegria e a tristeza, a luz e a sombra. Somente pelo equilíbrio
entre as grandes extremidades será possível compreender a Fé e a Razão.
Equilíbrio é saber até onde posso chegar e até onde vai o meu limite. Equilibrar-se implica em autoconhecimento.
Torna-se expressamente impossível alcançar o ponto de equilíbrio sem passar pela estrada do conhecimento de si mesmo.
Equilíbrio é saber até onde posso chegar e até onde vai o meu limite. Equilibrar-se implica em autoconhecimento.
Torna-se expressamente impossível alcançar o ponto de equilíbrio sem passar pela estrada do conhecimento de si mesmo.
O
homem planeja, estuda e arquiteta planos mirabolantes para combater o seu
inimigo, porém é quase incapaz de elaborar uma estratégia para conhecer a si
mesmo.
É preciso compreender a máxima
expressão de que o meu maior inimigo sou eu mesmo.
Tudo depende do Equilíbrio!
Encontre seu caminho, busque sempre
pelo equilíbrio.
Faça terapia!
(Evandro Rodrigo Tropéia)
Referências Bibliográficas:
HALL, C.S; Nordby, V.J.
Introdução à Psicologia Junguiana. Ed. Cultrix, SP, 2003.
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