Caro Leitor, neste
breve artigo vamos partilhar um pouco sobre este importante conceito analítico
desenvolvido por Carl Gustav Jung (1875-1961).
Segundo Carl Gustav Jung
(2009), o Ego consiste na estrutura organizacional da Consciência, no qual sua
função primordial nos remete a composição das percepções conscientes, das recordações,
dos pensamentos e dos sentimentos.
De acordo com Hall e
Norbdy (1980), apesar de ocupar uma parte muito pequena da totalidade da
psique, ele é dotado de uma função básica e fundamental. O Ego é altamente
seletivo. Cabe a ele realizar a importante tarefa de fornecer à personalidade
elementos de identidade e continuidade através do processo de seleção.
Para Jung (2009), através
do Ego podemos sentir hoje que somos a mesma pessoa que ontem.
Segundo Hall e Norbdy
(1980) assim como na consciência, o Processo de Individuação também atua
intimamente ligada ao Ego, no intuito de proporcionar por meio dessa união, o
desenvolvimento de uma personalidade distinta e persistente (JUNG, 2016).
Conforme o pensamento
proposto por Carl Gustav Jung, o ser humano só poderá individualizar-se na
medida em que o Ego for permitindo que as experiências recebidas se tornem
parte da Consciência.
Um exemplo bem comum
desse processo nos remete ao caso de que se uma pessoa é do tipo sensitivo, o
Ego permitirá que chegue à parte Consciente da mente um número maior de
experiências ligadas às emoções / sentimentos. Se o indivíduo for do tipo
pensativo; os pensamentos (Racionalidade) chegarão à Consciência com maior
facilidade. Neste caso, a racionalização se destaca e supera as emoções (HALL;
NORBDY, 1980).
Jung nos aponta que o
Ego de uma pessoa altamente Individuada permite que um maior número de
elementos psíquicos se torne consciente, gerando assim um equilíbrio
fundamental em sua estrutura.
Segundo Carl Gustav
Jung, o Ego consiste numa parte constituinte da mente humana, como um processo
funcional composto por tudo aquilo que nós vemos, convivemos e podemos
perceber. O Ego para Jung é muito mais do que o simples “eu”, é um apanhado de
recordações, emoções, sentimentos e ideias que posicionam nosso comportamento e
nos tornam conscientes.
Carl Gustav Jung leva
em consideração que a personalidade é composta pela união do ego com o “self”,
que seria uma parte “suprema” do indivíduo responsável por mover o ego e sua
consciência, este, encarregado de desvendar e interpretar o que parece
inconsciente e desconhecido.
O principal objetivo de
toda Personalidade, seja ela qual for, é chegar à auto-realização e
conhecimento do próprio Self.
A busca pelo
autoconhecimento é o único caminho para tal realização. Esta é a tarefa mais
difícil que o homem pode encontrar durante toda a sua existência. Tarefa esta
que exige demasiado esforço, disciplina constante e muita sabedoria aliada à
intensa responsabilidade.
O Self tem a capacidade
de ser o regulador e o governante de nossa personalidade. Através do
desenvolvimento desse arquétipo, o homem fica motivado e impulsionado a uma
ampliação da consciência e começa a perceber o rumo de sua própria vida (JUNG,
2016).
“O Self é a meta da nossa
existência, por ser ele a mais completa expressão da combinação a que estamos
fadados e que denominamos individualidade.”(Carl Gustav Jung)
De acordo com a teoria elaborada por Jung, o homem só poderá viver em harmonia com a própria natureza a partir do momento em que tornar consciente aquilo que é inconsciente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
HALL C.S. e NORDBY V. J. Introdução à
Psicologia Junguiana, São Paulo, Cultrix, 1980.
JUNG, C. G. A Natureza da Psique. 7. ed. Petrópolis:
Vozes, 2009.
JUNG, C. G. Memórias, Sonhos e
Reflexões. Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 2016.
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