segunda-feira, 26 de março de 2018

A ESCOLA DA VIDA NA VISÃO DE CARL GUSTAV JUNG




Todos nós em algum momento da nossa jornada já ouvimos a seguinte frase:
- A vida é uma escola!
Na escola da vida aprendemos diariamente com os acontecimentos, nos alegramos com os momentos felizes, nos entristecemos e nos desanimamos nos momentos de infelicidade e também temos a opção de escolha diante dos caminhos que nos são propostos pela própria vida. Dizemos que a vida é um eterno aprendizado, assim como cantamos na maravilhosa canção “O que é o que é?” do nosso querido e saudoso Gonzaguinha:

“Viver e não ter a vergonha de ser feliz, cantar e cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz.”

Neste artigo, quero compartilhar com o caro leitor alguns caminhos percorridos por Carl Gustav Jung (1875-1961) que nos fazem refletir sobre todo o aprendizado que a escola da vida nos proporciona e o quanto este processo de aprendizagem é extremamente importante para a nossa evolução individual.
A escola de Jung foi a própria vida que ele mesmo vivenciou. Sua vida foi sempre direcionada para um único sentido: o diálogo e a realização do inconsciente humano.



Carl Gustav Jung nos revela isso em uma de suas frases mais celébres e verdadeiras:

“Minha vida é a história de um Inconsciente que se realizou”
 (Jung, Memórias, sonhos e Reflexões.1986 p. 19)










Tal evolução transcende as barreiras de todo estudo baseado somente em teorias, pois a evolução individual também exige vivência e experiência.
Para se viver a vida no sentido Junguiano, não basta cumprir semestres de cursos, estudar os textos, ler os mais variados livros, empenhar-se nos mais variados trabalhos acadêmicos para se obter as melhores notas. Para vivermos uma vida Junguiana é preciso desenvolver a capacidade de olhar para dentro e para fora de si mesmo. Tal posição de Jung não significa que não devemos estudar, pelo contrário, o que ele nos afirma é que o estudo deve sempre ser equilibrado com uma boa dose de vivência. Teoria e Vivência caminham juntas.
Jung não se preocupou em dar respostas às mais variadas perguntas sobre a existência humana. Ele nos propõe que precisamos seguir um caminho próprio, único, diferenciado. Portanto, este caminho é individual e reservado para cada pessoa.
A obra desenvolvida por Jung não se trata de um roteiro e muito menos de uma conclusão. Não existe um modelo a ser seguido, não há receitas. A solução consiste no processo de Individuação. É preciso olhar para si mesmo e para tudo o que se apresenta.
Carl Gustav Jung fez da sua vida um constante aprendizado. A vida na visão Junguiana é profunda, complexa e completa. Trata-se de um desenvolvimento e aprendizagem que se originam através de nossas experiências. Isso nos faz ser Junguianos.
Na realidade, quem pode ser considerado Junguiano senão o próprio Jung ou alguém indiretamente escolhido por ele? Não somos nós que escolhemos a Psicologia Analítica. Ela é que nos escolhe, pois trata-se de uma forma de vida plena e apaixonante.
Temos como exemplo, a Drª Nise da Silveira que estudou Jung a fundo, se inspirando não apenas em sua teoria, mas sim, na maneira profunda de enxergar a si mesmo e o outro.



Somente uma pessoa como Nise da Silveira poderia perseguir o caminho da individuação e ter a brilhante capacidade de criar “ a emoção de lidar” com a escola da vida.
Vamos seguir o exemplo de Jung e Nise, mas não no sentido de sermos grandes e famosos teóricos da mente humana, mas sim no sentido da emoção, da vivência e do aprendizado que a vida nos proporciona.
Encontre seu caminho, busque sempre pelo equilíbrio.
Faça terapia!

(Evandro Rodrigo Tropéia)

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