A partir do pensamento psicanalítico proposto por Sigmund Freud
(1856-1939), houve considerável mudança de vértice na psicologia, sociologia,
antropologia. Esta mudança ocorreu através da construção de um modelo de
aparelho psíquico que consiste numa espécie de mapa mental.
Este mapeamento da psique segundo a psicologia analítica Junguiana é
formado por três importantes elementos:
• Ego;
• Inconsciente pessoal;
• Inconsciente coletivo.
A definição do Inconsciente pessoal, segundo Carl Gustav Jung, se
assemelha a ideia proposta por Freud. O Inconsciente é parte mais profunda da
mente, trata-se do lugar do eu onde se sente mas não se sabe. A partir dos
estudos de Sigmund Freud, entendemos que não temos controle desta área do
psiquismo a não ser por repressão. Tudo aquilo que o ego (eu) não suporta migra
para o inconsciente se tornando um conteúdo reprimido.
O Inconsciente é atemporal e não trabalha com a idéia de espaço. O
inconsciente tem como objetivo principal a tarefa de equilibrar a Psique. Este
trabalho do inconsciente consiste na Auto-regulação psíquica, que se refere a tendência do inconsciente em
manifestar conteúdos não vivenciados na consciência, de forma que o sujeito
viva inconscientemente o que está reprimido, equilibrando e regulando a psiquê.
Existem diversas maneiras que o Inconsciente encontra para a sua
manifestação. Neste artigo, quero compartihar com o caro leitor, uma das formas
de manifestação do Inconsciente mais apaixonante, segundo Carl Gustav Jung, que
são as Mandalas.
Através de seus minuciosos estudos, Jung analisou que as mandalas
consistiam nas mais variadas formas de elaboração dos conteúdos interiores do
ser humano, e no seu estudo das manifestações do inconsciente, seus analisados
produziam de forma espontânea desenhos de mandalas, sem saber o que ela é ou o
que estavam fazendo, e ele dizia, que isso tende a acontecer com pessoas que
possuem um progresso muito grande na sua individuação.
“O Self é com freqüência figurado
em sonhos ou imagens de forma impessoal - como um círculo, mandala, cristal ou
pedra - ou pessoal como um casal real, uma criança divina, ou na forma de outro
símbolo de Divindade.”(Fadiman e Frager, 2002, p. 56 na ed. Harbra)
O termo Mandala nos remete
a uma palavra Sanscrita para círculo de cura ou mundo inteiro. É uma
representação do universo e de tudo o que nele contém. Os círculos sugerem
totalidade, unidade do ser com o universo, o útero materno, completude e
eternidade.
A Psicologia analítica de
Carl Gustav Jung nos ensina que a mandala pode ser um instrumento terapêutico
utilizado de diversas maneiras:
·
Desenvolvimento
pessoal;
·
Desenvolvimento
espiritual;
·
Promover
cura;
·
Harmonização
de pessoas e ambientes;
·
Dança;
·
Arte,
·
Arquitetura.
De acordo com o pensamento elaborado
por Carl Gustav Jung , podemos afirmar que a mandala serve para ativar, energizar,
irradiar, concentrar, absorver, transformar, transmutar, curar e espiritualizar
as pessoas que trabalham com elas, um ambiente que se quer fazer especial ou
até mesmo para algo que se quer alcançar.
Encontre seu caminho, busque sempre pelo equilíbrio.
Faça terapia!
(Evandro Rodrigo Tropéia)
Referências Bibliográficas:
HALL, C.S; Nordby,
V.J. Introdução à Psicologia Junguiana. Ed. Cultrix, SP, 2003.
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