Quero
iniciar o presente artigo, deixando um questionamento reflexivo ao caro leitor:
Procrastinar é algo que parte da Personalidade do Indivíduo ou simplesmente uma
questão de escolha?
O termo Procrastinação
nos remete ao ato de adiamento ou prolongamento de uma determinada situação
para ser resolvida depois. Pode ser considerado como um comportamento normal ao
ser humano, pois envolve muitas coisas referentes a individualidade de cada ser
humano, tais como a angústia, o medo do sucesso e o medo do fracasso.
Em sua origem, a
palavra “procrastinar” se originou a partir do latim procrastinare, que significa “à frente de amanhã”, na tradução
literal. Procrastinação consiste em deixar para o amanhã aquilo que se pode
solucionar hoje.
No entanto, o
desequilíbrio neste contexto se torna muito prejudicial a partir do momento que
afeta o funcionamento de rotinas pessoais, emocionais ou profissionais,
impedindo o indivíduo de seguir determinado foco e cumprir um objetivo.
Na Psicologia Analítica
de Carl Gustav Jung (1875-1961) é importante relembrar que não devemos tomar
nada como uma regra generalizada e não podemos de maneira alguma estabelecer
qualquer espécie de julgamento direto e rotulações para todo e qualquer ser
humano. Não carimbamos a vida de ninguém!
"Uns sapatos
que ficam bem numa pessoa são pequenos para uma outra; não existe uma receita
para a vida que sirva para todos."
(Carl Gustav Jung)
Na concepção Junguiana,
o ato de procrastinação não poderá de maneira alguma ser considerado como um
transtorno psicopatológico, mas sim como uma forma de decisão de como levar a
nossa própria vida. De acordo com o nosso tempo e a nossa própria estrutura de
personalidade. Trata-se de um padrão de comportamento que geralmente afeta em
si todas as situações com as quais estamos inseridos. Quem procrastina no
trabalho, procrastina nos relacionamentos, procrastina na vida financeira e
afetiva. Porém, o ser humano está em constante transformação e devido a isso
estamos sempre abertos às mudanças, sejam elas emocionais e até mesmo padrões
de comportamento.
É preciso assumir a
responsabilidade de si mesmo junto com a própria consciência para se realizar a
melhor decisão. Diante da vida, estamos exposos diariamente a processos de
escolha e decisão. Portanto, se a sua escolha orienta para a procrastinação, que o fruto dessa escolha
seja colhido de forma consciente, sabendo das suas prováveis consequências.
Tudo na vida deve ser
regido pelo equilíbrio, com a procrastinação não é diferente. Tudo depende da
maneira que canalizamos nossas energias e valorizamos cada área ou situação.
Segundo Carl Gustav
Jung (1875-1961), a Canalização de Energias consiste na carga de valor que
direcionamos a determinadas situações ou pessoas. Se esta for má direcionada,
claramente será uma intensa fonte de desequilíbrio. Um exemplo clássico
acontece quando um aluno está pensando muito no vídeo game que está em casa e
não vê a hora de jogar, como conseqüência disso, não presta atenção nas aulas,
tem uma grande dificuldade de concentração, e tudo o que está sendo apresentado
pela professora, não tem a menor importância pra ele. Deixa tudo isso para
amnhã ou para uma outra hora.
O autoconhecimento é a
peça fundamental para a solução desse problema.
Encontre seu caminho,
busque sempre pelo equilíbrio.
Faça terapia!
(Evandro Rodrigo
Tropéia)
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
HANS DIECKMAN, Berlim
(Revista de Psicologia Analítica – Vol III, nº 1 – Março 1972) – trad. Denise
Mathias e João Bezinelli
HALL, C.S; Nordby, V.J.
Introdução à Psicologia Junguiana. Ed. Cultrix, SP, 2003.
Seja Líder de Si Mesmo,
A. Cury. Ed. Sextante, Rio de Janeiro, RJ, 2012.
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