O documentário “Quem somos
nós?”, contribuiu de forma muito clara no caminho de minha formação em
Psicologia. Ele retrata de forma brilhante e por vários momentos bem humorados
fatos e acontecimentos do dia-a-dia deste universo maravilhoso e extremamente
complexo o qual denominamos mente humana.
No começo só havia o vazio,
transbordando de possibilidades infinitas das quais o ser humano é uma dela.
Percebo ao longo do tempo o
mundo como um grande círculo de inúmeras possibilidades. Onde o ser humano
carrega em si uma intensa capacidade de construir grandes feitos a partir do
nada.
Tais possibilidades são
desenvolvidas através do processo de canalização de energias, que é inerente ao
ser humano.
Carl G. Jung |
Segundo Carl Gustav Jung
(1875-1961), a energia à qual se efetiva o trabalho da personalidade é
denominada energia psíquica, que se expressa por forças reais ou forças
potenciais que executam o processo de desenvolvimento da personalidade.
A energia psíquica, segundo
Jung se origina das experiências que o ser humano vivencia, ou seja, as
experiências do dia-a-dia são instaladas na psique e se transformam em energia
psíquica.
Outra concepção muito bem
elaborada por Jung é o conceito de valor. O valor é a quantidade de medida
consagrada a um elemento psíquico particular. Por exemplo, quando se atribui um
alto valor à religião, os conceitos de determinada espiritualidade exercem uma
força energética extrema a ponto de influenciar e direcionar o comportamento
individual do ser humano.
Uma das narrações do filme
“Quem somos nós?” que mais me chamou atenção, nos remete ao fato de que o
cérebro humano processa quatrocentos milhões de bits de informações por
segundo, mas a mente do Homem se limita a ter consciência de apenas dois mil. Estamos
vivendo em um mundo onde tudo o que vemos no campo daquilo que é real e
sensório é apenas a ponta de um imenso iceberg. A maioria das informações
processadas pela mente se transformam em conteúdos inconscientes.
A única estrada que nos leva
a um maior conhecimento de tudo o que nos cerca é o autoconhecimento.
Conhecendo a mim mesmo, encontrarei sentido para a existência de tudo o que
existe no mundo externo ao meu redor.
Através do autoconhecimento,
é possível encontrar o ponto subjetivo e individual presente em todo ser humano,
que proporcionará uma canalização
energética equilibrada, e como conseqüência, uma vida com muito mais qualidade.
Evandro Rodrigo Estudante de Psicologia |
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